O que nos vêm à mente quando se fala em infância?
"Ouvi-me, ilhas, e escutai vós, povos de longe: O SENHOR me chamou desde o ventre, desde as entranhas de minha mãe fez menção do meu nome.
E fez a minha boca como uma espada aguda, com a sombra da sua mão me cobriu; e me pôs como uma flecha limpa, e me escondeu na sua aljava; "
Isaías 49:1-2
Sempre respondi coisas à respeito de minha infância, mas nunca havia parado e feito uma verdadeira reflexão.
Todas as vezes sempre me veio a mente o sentimento de saudade, mas simplesmente uma saudade boba.
De acordar de manhã para ver os amigos, de jogar bola, brincar, jogar vídeo game... dormir muito.
Até esse ponto, acho que todos temos saudades.
Só que se você parar para pensar, pode ter uma reflexão bem mais profunda do significado da palavra "Infância".
Quando parei para pensar de verdade comecei a enxergar que hoje, apesar de ter muitas das coisas que quero, de poder trabalhar para conquistar as coisas que desejo, de ter o poder de "ter" quase tudo que quiser, me deparei com a ausência da felicidade em muitos momentos.
Então, pensei, como hoje, podendo realizar meus desejos não sou tão feliz quanto naquela época de criança que não tinha quase nada e muitas das vezes não tinha os brinquedos que queria.
Não sei explicar, mas, quando era pequeno a felicidade era mais simples, o não era "NÃO", o errado era errado, o sorriso era fácil (e bobo), a vontade de viver era imensa!
E então me deparo com tudo o que passei, com todas as lapidações que as pessoas, as situações e as coisas do mundo realizaram em mim.
Todo pedaço de infância que me foi tirado dia a dia, pouco a pouco...
Até que chega um dia em que a infância se oculta diante de todas as "decisões adultas" que temos que tomar constantemente, de todos os sorrisos que temos que reservar e de todos aqueles que temos que forjar.
O nosso automático é desligado!
Complicamos as coisas simples, e simplificamos as erradas!
Quando éramos pequenos nossas únicas influências são as pessoas à nosso redor, nossa família, os que querem nosso bem, apenas por nos amar!
Isso nos permitia a autenticidade, isso nos permitia ser felizes apesar dos pesares!
Éramos inocentes, não conhecíamos o mundo e suas armadilhas.
E então, vamos crescendo e conhecendo o mundo, tendo influências de pessoas que precisam de nós por momentos, que precisam de nossos sorrisos (mesmo que nos paguem para isso), situações que pedem nossa encenação, pedem quem não somos.
A partir daí começamos ver a necessidade de ocultar a nossa cara, ocultar quem somos de verdade, os sentimentos verdadeiros, e usar uma máscara... Uma máscara para cada situação.
Aprendemos que podemos contornar uma situação para que possamos optar pelo que até hoje nossos princípios teve como errado. Criamos argumentos em cima de uma mentira, para a satisfação pessoal e momentânea. Passamos a ser falsos com nós mesmos!
E quando pensei em tudo isso vi como sou influenciável, como mudei e tentei mudar pessoas!
E Deus me deu a experiência de sentir àquela felicidade, de sentir o amor simples e maior do que todos que senti até hoje! Deixou-me provar daquilo que eu já me esquecia, das vezes em que a maior felicidade do mundo era simples e boba, e me preenchia de uma maneira completa!
Hoje vejo que fiz escolhas erradas por não ter a inocência de uma criança.
E Deus quer te devolver a todo momento aquela inocência de criança, a felicidade sem preço, o sorriso espontâneo, a alegria no pouco que se tem!
Deus nos dá a inocência e nós à trocamos pelas experiências do mundo!
Até que um dia, você enxerga que o que mais importa na sua vida foi simplesmente descartado ou trocado por influências.
E fez a minha boca como uma espada aguda, com a sombra da sua mão me cobriu; e me pôs como uma flecha limpa, e me escondeu na sua aljava; "
Isaías 49:1-2
Não troque pelo mundo aquilo que Deus lhe deu!

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